08 julho 2014

A Cidade do Sol - Khaled Hosseini


Capaz de levar o leitor ao limite das emoções, à beira das lágrimas, ao abismo da impotência.





Sinopse: Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rashid, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Laila tem 14 anos. E filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai a escola todos os dias, e considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela História, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a História continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.

Depois de ler a Trilogia escrita por Jean P. Sasson sobre a vida real de uma princesa saudita: PrincesaAs Filhas da Princesa e Princesa Sultana, não esperava ler outra história sobre mulheres do Oriente. Mas, seguindo um conselho e sem outras opções, abri novamente a janela para um mundo de injustiças, sofrimento, humilhações, deveres, violência, descaso e guerra.
Khaled Hosseini narra a estória de duas mulheres marcadas pelo sofrimento, por um marido cruel e uma guerra que muda suas vidas unindo seus destinos. A vida de mulheres afegãs que tem a sorte de terem uma vida sem muitas restrições, enquanto outras são destinadas a intensas e duras provações. Mostra como o coração de uma mulher pode ser profundo, suportando e guardando seus piores temores apenas para si, deixando à vista apenas um muro sólido de resignação.
Para mim, o livro foi incrível. Não pela estória triste, que sempre procuro evitar, pois sou muito emotiva quando se trata das injustiças feitas às mulheres. Nesse ponto vocês podem deduzir que derramei muitas lágrimas*. Mas pelo modo como Khaled Hosseini conduziu sua trama, com informações dosadas sobre a questão dos refugiados afegãos, os Talibãs, a Al Qaeda, Osama Bin Laden e as Torres Gêmeas. Exibindo um ângulo dos acontecimentos que não vimos. E também, por como conseguiu me envolver e trazer a superfície meus sentimentos com frases e citações emocionantes.


"...Nunca deixaria sua marca no coração de mammy, como seus irmãos tinham deixado, porque aquele coração era uma espécie de praia desbotada onde as pegadas da menina seriam apagadas pelas ondas da triteza que se erguiam e quebravam, se erguiam e quebravam."
Laila - página 128

O Autor

Hosseini nasceu na capital do Afeganistão, Cabul. Sua mãe era professora de uma escola de segundo grau para garotas em Cabul. Seu pai se envolveu com o Ministério do Exterior afegão. Em 1970, o Ministério do Exterior enviou sua família para o Teerã, Irã, onde seu pai trabalhou para a Embaixada Afegã. Em 1973, Hosseini e sua família retornam à Cabul. Em Julho de 1973, na mesma noite em que nasce o irmão mais jovem de Hosseini, o reino do Afeganistão muda de mãos através de um golpe sem derramamento de sangue.
Em 1976, Khaled Hosseini e sua família se mudam para Paris, França, por conta do novo emprego do seu pai. Eles não voltam ao Afeganistão porque, enquanto estavam em Paris, comunistas tomaram o poder do país por meio de um golpe cruel. Até março de 2004. Nessa época a violência e as injustiças da sociedade afegã já eram conhecidas no mundo inteiro. Paisagens desoladas, terroristas Talibãs, mulheres de burqa simbolizavam toda uma nação que, no entanto, já havia sido cercada de colinas verdejantes, comandadas por reis ilustrados e cujas mulheres eram admiradas por sua extrema beleza e frequentavam UNIVERSIDADES. O autor de O Caçador de Pipas voltou ao Afeganistão e lá decidiu escrever este novo romance, A Cidade do Sol.

* Esta é uma obra de ficção, mas as situações narradas no livro acontecem diariamente no país citado, em todo Oriente e Ocidente. A diferença está nas leis. Aqui pelo menos, temos leis que protegem a mulher e a criança, enquanto lá as leis sempre favorecem os homens.







2 comentários:

  1. Oi Alinne!! Sempre vejo esse livro em promoção... se tivesse lido sua resenha antes já teria comprado kkk.
    Parabéns pela resenha e pelo blog. Sucessos
    p.s seguindo (Estante Jovem)
    Abraços

    estantejovem.blogspot.com.br

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    1. Oi Paulo! Seja bem vindo ao meu cantinho!
      Vale a pena ler esse livro, é emocionante.
      Espero te encontrar mais vezes por aqui.
      Obrigada pela visita!
      Abraços!!

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